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teatro grego

 O teatro grego surgiu a partir da evolução das artes e cerimônias gregas como, por exemplo, a festa em homenagem ao deus Dionísio (deus do vinho e das festas). Nesta festa, os jovens dançavam e cantavam dentro do templo deste deus, oferecendo-lhe vinho. Com o tempo, esta festa começou a ganhar certa organização, sendo representada para diversas pessoas.
Portanto, as peças de teatro na Grécia antiga contavam histórias dos mitos gregos, onde os deuses eram muito importantes. Elas passaram a ser representadas em espaços especiais, que são parecidos com os teatros de hoje. Eram construções em forma de meia-lua, cavadas no chão, com bancos parecidos com arquibancadas, chamados teatros de arena.
Um dos mais famosos está em pé até hoje, em Atenas, na Grécia, e se chama Epidaurus. Uma coisa curiosa nas encenações é que só os homens podiam atuar, já que as mulheres não eram consideradas cidadãs. Os atores representavam usando máscaras e túnicas de acordo com o personagem. Muitas vezes, eram montados cenários bem decorados para dar maior realismo à encenação.

Tragédia X Comédia

Tragédia:
•Estilo nobre e elevado, que desperta, fatalidade, purgação, compaixão, piedade, terror.
•Herói: Rei, pessoas ilustres e com poder, etc.
•Fundamentava-se na temática mitológica.
•Júri composto por pessoas escolhidas pelo magistrado. Pessoas de famílias aristocráticas e que se destacavam na sociedade.
Comédia:
•Retratação de aspectos caricaturados ou fantásticos;
•Herói: Palhaço, bobo, inocente, santo, idiota, trapalhão, fingidor, etc.
•Não possuía nenhum padrão rígido de fundamentação mitológica. Elaborava críticas ao político, governantes e costumes da época.
•Júri composto por cinco pessoas da platéia escolhidas por sorteio.
 

AS COMÉDIAS

 
As comédias eram histórias engraçadas chamadas sátiras, que são gozações da vida.
A origem da comédia é a mesma da tragédia: as festas ao deus Dioniso. A palavra comédia vem do grego "komoidía" ("komos" remete ao sentido de procissão).
Na Grécia havia dois tipos de procissão que eram denominadas "komoi". Numa, os jovens saiam às ruas, fantasiados de animais, batendo de porta em porta pedindo prendas, brincando com os habitantes da cidade. No segundo tipo, era celebrada a fertilidade da natureza.
Apesar de também ser representada nas festas dionisíacas, a comédia era considerada um gênero literário menor. É que o júri que apreciava a tragédia era nobre, enquanto o da comédia era escolhido entre as pessoas da platéia.
Também a temática diferia nos dois gêneros. A tragédia contava a história de deuses e heróis. A comédia falava de homens comuns.
Principais Características da Comédia:
•Obra teatral em versos;
•Caráter burlesco, leve e humorado;
•Envolve ações ordinárias, corrigidas por meio do ridículo;
•Possui importantes implicações filosóficas e morais;
•Personagens ilustres e gente comum das ruas (o povo em geral)
•Versa sobre instrumentos opressores da sociedade, sobre a burocracia, valorização do dinheiro...
 
A Comédia Antiga:
A comédia antiga foi introduzida 50 anos após a tragédia, sua principal finalidade era a de criticar a política (tratava dos problemas da polis). Foi muito combatida pelos governantes e ocorreu em um momento onde a democracia ateniense a favorecia.
Baseava-se em uma mistura de fantasia, crítica, obscenidade, paródia e insulto social, pessoal e principalmente político.
A encenação da comédia antiga era dividida em duas partes, com um intervalo. Na primeira, chamada "agón", prevalecia um duelo verbal entre o protagonista e o coro.
No intervalo, o coro retirava as máscaras e falava diretamente com o público para definir uma conclusão para a primeira parte. A seguir, vinha a segunda parte da comédia. Seu objetivo era esclarecer os problemas que surgiram no "agón".
A comédia antiga, por fazer referência engraçadas aos mortos, satirizar personalidades vivas e até mesmo os deuses, teve sempre a sua existência muito ligada à democracia.
Com a queda de Atenas, levou consigo a democracia e, conseqüentemente, pôs fim a comédia antiga.
 
Comédia Nova
Após a capitulação de Atenas frente a Esparta, surgiu a comédia nova, que se iniciou no fim do século 4 a.C. e durou até o começo do século 3 a.C. Essa última fase da dramaturgia grega exerceu profunda influência nos autores romanos, especialmente em Plauto e Terêncio.
Sua temática girava em torno de: problemas sentimentais de jovens casais, casamentos, intrigas, briga de vizinhos e de tipos e costumes que cercavam essas situações básicas.
Seus personagens oscilavam entre pessoas do povo (escravos, militares, cozinheiras,...) e nobres.
Características: vida privada, intimidade dos cidadãos, amor, prazeres da vida, intrigas sentimentais,...
Neste momento não se encontra a presença do coro. Ele foi extinto.
O maior representante deste tipo de comédia foi Menandro.

Édipo Rei

Tragédia grega escrita por Sófocles em 427 a.C., a peça Édipo Rei foi considerada pelo filósofo Aristóteles como o exemplo mais perfeito do gênero. Na grafia grega, o nome da obra é OΙΔΙΠΟΥΣ ΤΥΡΑΝΝΟΣ, que, quando feita a transliteração, significa Édipo Tirano. Resumidamente, a história da obra é sobre a tragédia de um homem que tem seu destino traçado pelos deuses. Devido a esta maldição, ele mata o pai e se casa com a mãe.

 

Édipo governa uma cidade que está sendo dizimada por uma praga. Após receber pedidos de ajuda da população, envia Creonte, seu cunhado, para consultar o Oráculo de Apolo/Delfos. A resposta que recebe é que o homem responsável pela morte de Laico, rei anterior a Édipo, vive entre eles e deve ser morto para findar o terror.

Tirésias, um ancião adivinho, acusa Édipo pela morte de Laico, pois existia uma profecia na qual Édipo assassinaria seu pai para casar com sua mãe. Neste momento, um mensageiro revela que Édipo tem pais adotivos. Então ele descobre que é filho de sua esposa Jocasta e que matou Laico, seu pai, em uma de suas viagens.

Édipo Rei faz parte de um conjunto de obras que apresenta os seguintes títulos: Édipo em Colono e Antígona. A maior parte do livro é sobre a família de Édipo, com a descrição de mais de 8 mil anos de eventos. Toda a ação da primeira parte da peça é guiada após a descoberta da realização da profecia em que Édipo matará seu pai para desposar sua mãe.

A obra de Sófocles influenciou o campo da psicanálise através de Freud, que tornou Édipo Rei uma das colunas da psicanálise clássica. Com base na tragédia grega, o psicanalista definiu o Complexo de Édipo, que ocorre quando as crianças atingem, durante a segunda infância, o período fálico e percebem a diferença entre os sexos, tendendo a fixar a libido em pessoas do sexo contrário, geralmente as mais próximas, no ambiente familiar. A ligação da teoria de Freud com a o obra remete a uma carta que ele enviou para Wilhelm Fliess, médico alemão, na qual discorre sobre as relações de saber e poder em um drama construído por filho, pai e mãe.

Outro estudo aprofundado sobre a peça é encontrado na obra “A verdade e as formas jurídicas”, de Michel Foucault, filósofo e professor que analisou, através de Édipo Rei, as práticas judiciais feitas na Grécia antiga.

Fontes:Teatro grego:https://fabianaeaarte.blogspot.com.br/2012/05/teatro-grego-tragedia-e-comedia.html

           Éipo Rei:https://www.infoescola.com/teatro/edipo-rei/